terça-feira, 4 de maio de 2010

Todos os caminhos conduzem a Deus?

A religiosidade é a característica mais marcante do ser humano, e sempre esteve presente em sua vida desde os primórdios do tempo, espalhada por diversas culturas e civilizações. Entre as mais variadas definições do termo religião, aquela que mais é aceita pelos estudiosos afirma: "religião é um sistema comum de crenças e práticas relativas a seres sobre-humanos que podem fazer coisas que nós não podemos e que podem tomar a forma de ancestrais, deuses ou espíritos." (Enciclopédia Merrian-Webster de Religiões do Mundo)
Organizadas segundo a cultura de cada população, as crenças e práticas religiosas dão ao ser humano a ideia da existência de uma realidade superior à material e orientações que influenciam diretamente em sua conduta pessoal e social. Segundo um estudo realizado pelo World Christian Database, uma entidade que estuda as religiões em todo o mundo, cujo resultado é mostrado na tabela a seguir, mostra que existem mais de vinte tipos diferentes de religiões e suas derivações compreendendo um total de cerca de seis bilhões quatrocentos e cinquenta e três milhões e setecentos mil adeptos no mundo.

Essas religiões, além dos costumes, repassam suas crenças por meio de livros sagrados,característicos de cada filosofia. Apenas para citar exemplos, temos: a Bíblia Sagrada (cristianismo), O Corão (islamismo), a Tanak, o Talmude, a Mishná, o Zohar e a Cabala (todos do judaísmo), os livros do Kardecismo de Allan Kardec, o Guru Granth Sahib (siquismo), o Zend Avesta (zoroastrismo) e o Mahabahata (hinduísmo).
Mas, em meio à tantas linhas religiosas e filosóficas, paira no ar uma pergunta: podem todos esses caminhos conduzir-nos a Deus? Como saber qual o caminho da salvação?
Indo direto ao ponto, um dos livros sagrados que mais tem características que foram disseminadas entre outros povos ao longo do tempo, como o relato do dilúvio universal (Gn 6, 7 e8), também contado pelos sumérios, hindus e maias, dentre outros, é a Bíblia Sagrada - livro muito antigo (referindo-se aqui também aos rolos de livros que mais tarde passaram a fazer parte do cânon bíblico, isto é, de sua totalidade, como o conhecemos) sendo o mais lido no mundo. Também existem muitas evidências arqueológicas que confirmam sua veracidade.
Em João 14: 6, Jesus Cristo nos diz que Ele é "o caminho, a verdade e a vida." Essa afirmação responde a muitas cogitações humanas e não permite sombra de dúvidas. Jesus é o único caminho pelo qual podemos ser salvos (At 4:12); não existem verdades diferentes variando segundo aquilo que cada um decide crer. Cristo é a Verdade real e pronto. Aceitando ou não, essa é a realidade! Vivemos num mundo caótico e perigoso, no qual os valores e princípios foram invertidos. Não era porém esse o seu estado original, no entanto, por causa do pecado, fomos desligados da Fonte de vida. Somente Cristo pode nos ligar novamente a Deus. O que nos falta é o conhecimento da verdade. (Os 4:6; João 17:3)
O grande conflito iniciado lá no céu pela rebelião de Satanás contra Jesus Cristo (Ap 12:7 e 8) e que se estende até a família humana (Ap 12:9; Gn 3; Rm 5:12) é a resposta para entendermos por que há tantas religiões e denominações em nosso meio.
Quando estudamos a Bíblia e observamos os testemunhos da História Universal, reconhecida em todo o mundo, passamos a compreender o relato bíblico. Por essas duas fontes, principalmente a divina, entendemos que Deus sempre conservou um povo fiel na Terra ainda que o pecado e a apostasia fossem prevalecentes. Constatamos que através dele o Senhor manteve vivo o conhecimento a Seu respeito e tornou possível a transmissão dessa verdade. E por meio das profecias deveriam aguardar a Cristo, o prometido do Éden (Gn 3:15) para salvá-los da terrível penalidade do pecado: a morte eterna. Então no tempo determinado por Deus, veio o Desejado de todas as nações (Gl 4:4; Ag 2:7 - v. RC, 1995). Jesus, o Filho do Deus vivo, veio revelar o caráter e amor do Pai (Jo 3:16; Hb 1:3), bem como mostrar a importância de conhecermos a Santa Palavra (Lc 24:27; Os 4:6). Recebendo as crenças fundamentais da igreja do Antigo Testamento, os cristãos aceitaram e continuaram a obedecer os mandamentos de Deus como regra de vida e, consequentemente, transferiram esse conhecimento aos seus descendentes, os quais avançaram entre as trevas da apostasia que marcariam o mundo nos séculos seguintes.
As trevas morais que afetaram o cristianismo puro ocorreram devido à transigência com o paganismo, especialmente no tempo da falsa conversão de Constantino (imperador romano) ao cristianismo; o que levou-o a incorporar certas práticas pagãs ao culto cristão e instituir uma lei, no dia 7 de março de 321, para que todos fizessem do domingo um dia especial de culto, sendo ele mesmo um adorador do deus sol (domingo em inglês = sunday: dia do sol). Após a consolidação cristã nesse costume pagão, esse dia foi oficializado pela Igreja Católica como dia de guarda em 364, no Concílio de Calcedônia, o que satisfaz claramente as disposições proféticas quanto à quebra da lei de Deus (Dn 7:25; Êx 20: 8-11). Sendo assim, ao deixar a pureza de Cristo por buscar honras e proveitos humanos, a igreja (não todos mas sua grande maioria) consentiu em atrair para si o apoio e favor dos líderes da Terra. E nessa inversão de valores, foi levada a prestar obediência ao Bispo de Roma, o qual assenta-se no santuário de Deus como se fosse o próprio Deus (2Ts 2:4; Ver Decretales Domini Gregorii Papae IX, livro 1 (...)).
Nesse tempo, a Igreja Católica possuía poder político e religioso e aqueles (maioria cristãos) que não aceitavam suas doutrinas eram considerados hereges e então condenados a duras penalidades, entre elas, a ser queimado vivo numa fogueira, se não se retratassem. Essa perseguição durou 1260 anos, de 538, com o edito de Justiniano dando autoridade máxima ao Bispo de Roma, até 1798, quando o líder religioso Pio VI foi preso pelo General Berthier, em harmonia com a profecia bíblica (Ap 12:6; Dn 7:25). Os cristãos fieis derramaram seu sangue por amor ao seu Deus, e assim testemunhavam de sua lealdade. Tal atitude mais tarde foi a lenha que ativou as chamas da Reforma Protestante na Europa.
Em Apocalipse 12 podemos compreender qual é a igreja de Deus sobre a Terra (e suas características), como os antigos cristãos venceram a apostasia e o poder opressor e qual a origem de todo esse conflito. João nos diz que viu no céu uma mulher vestida de luz (Ap 12:1), o que na profecia representa a igreja pura e fiel (Ef 5:23, 32; Sl 84:11; Ap 1:12-18; Hb9; Ap 2:10 e Dn 12:3), da qual nasceu um filho que regeria a Terra (Ap12:5), o qual é Cristo (Gn 3:15) e que mais tarde seria perseguida pelo dragão, Satanás (Ap 12:7-9; Mt 2), mas que todavia teria livramento (Ap 12:14). Os leais cristãos venceram a opressão "por causa do sangue do Cordeiro (João 1:29) e por causa da palavra do testemunho que deram e, mesmo em face da morte, não amaram a própria vida." (Ap 12:11) Essa falta de amor pela própria vida que nos é dita aqui, não se refere a nenhum aspecto negativo, mas quer dizer que entregaram suas vidas a Deus e viveram para fazer Sua vontade e não deixaram espaço para as inclinações da natureza pecaminosa, diferentemente dos que amam ao mundo (Tg 4:4) A razão para esse conflito de interesses nos é informada por João como tendo origem no céu entre Cristo e Satanás (Ap 12:7-9, 12) e transmitida para a Terra através da queda no Éden (Gn 3:1-6; Rm 5:12).
Quando Satanás foi atirado à Terra passou a perseguir a mulher (Ap12:13; Dn 7:25). Após a perseguição da igreja, comentada anteriormente, as ações do dragão, simbolizadas pelas águas impetuosas (Ap12:15), foram barradas quando a terra abriu a boca para acolher a mulher (Ap12:16). A compreensão disso está no seguinte: as torrentes romanas contra os cristãos forçaram-nos a procurar abrigo em outra terra, na qual pudessem viver em paz, obedecendo a Deus segundo a Bíblia, a qual fora tirada do meio do povo na supremacia do Bispo de Roma, e aguardando Sua preciosa vinda. Foi assim que os peregrinos europeus foram motivados a procurar uma terra além-mar. E o lugar encontrado foi onde hoje está localizado os Estados Unidos da América. Isso mesmo! Os fundadores daquela nação foram os cristãos que fugiram da Inquisição romana. (Para maiores detalhes leia de Ellen G. White: O Grande Conflito, capítulo 16: "O Mais Sagrado Direito do Homem", págs. 289 a 298. Ou adquira-o por aqui.)
"Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os queguardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus; e se pôs em pé sobre a areia do mar." Ap 12:17 Aqui está caracterizada a igreja verdadeira de Deus sobre a Terra. Os cristãos dessa igreja guardam os mandamentos do Senhor e têm o testemunho de Jesus (veja também Ap 14:12), contrariamente à ideia de alguns de que na cruz do Calvário Cristo aboliu os Dez mandamentos por Sua morte, algo que Ele mesmo disse que nunca viera fazer (Mt 5:17). O que mudou após a cruz foi o fim das cerimônias de sacrifícios de animais (Cl 2:14; Ef 2:15 e 16), os quais apontavam a Cristo e o Seu futuro sacrifício a favor da humanidade, que estava em débito com a Lei divina. Como Cristo veio e satisfez as exigências legais, para que continuaria sendo derramado o sangue animal? Os Dez mandamentos, como princípios do governo de Deus, são tão eternos como Ele. E qual é a nação que não possui leis? Elas são necessárias para se ter ordem e justiça. Somos salvos pela fé no sacrifício de Jesus (Ef 2:8 e 9;Rm 3:31) e essa fé nos move a viver em novidade de vida, confirmando assim a Lei de Deus. A graça de Cristo promove em nós o querer e o realizar, e isso para que ninguém se glorie dizendo: "pela minha mão é que alcancei salvação".(Fp 2:13) E os que realmente amam a Deus é que fazem a Sua vontade. (João 14:15)
Sendo que a igreja verdadeira guarda os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus, podemos concluir que ela toma a Bíblia e seus ensinos como única regra de fé e prática, sendo que os mandamentos divinos estão contidos nela. Baseados nisso, podemos enunciar as características dessa igreja da seguinte forma: 1) Ela crê em Deus Pai (Jr 10:10); 2) Crê em Jesus Cristo (João 14:6); 3) Crê no Espírito Santo (1Jo 5:6,7); 4) Crê na Bíblia, como vimos. (Jo 17:17); 5) Crê nos 10 mandamentos, inclusive o 4º a respeito do Sábado do 7ª dia. (Sl 119: 151; Êx 20:1-17). As outras características serão vistas futuramente em outros estudos publicados aqui no blog.
Quando a igreja remanescente chegou nas praias da América do Norte e lá se desenvolveu, Satanás furtivamente lançou seus enganos no meio dela, e como ele fez do Éden até aqui, misturou a verdade com o erro, enganando aqueles que relaxavam em sua vida e permitiam deixar cair as rédeas do caminho estreito e verdadeiro, contaminando sua conduta diante de Deus. Entre os erros principais do arquiinimigo está o espiritismo, mascarado de diversas formas; a santidade do domingo, pelo catolicismo romano; o evolucionismo como ideologia e o desregramento de conduta, tão abundante no mundo em que vivemos. Por meio desses e de outros desvios Satanás levou as pessoas a diferentes pensamentos sobre a verdade da realidade e ai criaram inúmeras instituições religiosas para viver aquilo que criam e se congregar junto com aqueles que se aderiam a semelhantes crenças. Mas muito claro foi Jesus ao dizer: "Nem todo o que Me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de Meu Pai que está nos Céus," Mt 7:21 Deus é um só, não precisamos de variadas leituras da realidade e de Sua vontade e revelação. Por isso que tão somente a Bíblia nos é adequada. (Ver 2Tm 3:16,17)
Voltemos, pois, para Deus e a Bíblia para que possamos resistir à crise que virá sobre a Terra muito em breve. Convido-o(a) a você leitor(a) destas linhas, a analisar sua vida e a instituição religiosa da qual faz parte com base na Palavra de Deus e constatar por si mesmo se ela prega toda a verdade ou não. Não estou com isso tentando persuadí-lo(la) a aceitar uma denominação ou uma placa de igreja, até por que nenhuma igreja salva, senão apenas Jesus Cristo (At 4:12)! Se você ainda acha tudo isso muito complicado e não tem certeza da conduta de sua igreja, peça a Deus uma direção, busque-O. (Jr 29:13) Ele atenderá você! Fique na paz do Senhor.

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